Artigo sobre pegadas no Sudoeste Alentejano na National Geographic Portugal

                                    
Este mês na revista National Geographic Portugal descubra um artigo meu, que nos conta a existência de manadas de Elefantes (Elephas antiquus) que cruzaram todo o Sudoeste Alentejano à milhares de anos. Na Praia do Malhão e noutras praias do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, estes pesos pesados percorreram os mesmos campos dunares (então mais extensos) que hoje delimitam as praias bravias do Alentejo. Uma equipa de investigação tem trabalhado na região e já publicou a descrição científica de vários trilhos produzidos por animais que hoje seriam exóticos em Portugal ou que se extinguiram recentemente na região por pressão humana sobre os habitats. A descoberta icnológica é importante para compreender as paisagens dunares do litoral alentejano, bem como a fauna existente nos últimos 100 mil anos. Na zona do Sudoeste alentejano, foram identificados três trilhos de Elephas antiquus, bem como algumas pegadas isoladas. O elefante que então vivia em Portugal teria um volume superior às espécies contemporâneas de paquidermes, como os elefantes africanos e asiáticos, mas não se comparava ao mamute. Teria presas longas e quase rectilíneas. Pela primeira vez no registo mundial, foram descritas também pegadas fossilizadas de lebre. A equipa homenageou a praia do Malhão com o nome (Leporidichnites malhaoi). O artigo completo pode ser visto na edição deste mês de Fevereiro na revista em papel ou no novo Website da revista.

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